Dia cinzento, frio, opaco.
Pela janela vejo as plantas, balançando ao sabor do vento úmido.
Da chuva fina.
Aqui dentro, ambiente aquecido.
Mas continuo gelado.
Enrijecido pelo frio que castiga o meu íntimo.
O frio exterior não importa.
As plantas não sentem frio.
.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
Saída
A casa em silêncio.
Ela estava sozinha.
Olhou seus livros na estante. Nada de interessante para reler.
Tirou a poeira de sua pilha de cds. Os mesmos cantores, os mesmos sentimentos.
Nada de novo.
Tentou dormir. Dessa vez sem Valium ou Lexotan.
A natureza faria a sua parte ?
Não.
Ela estava ligada. Não conseguiu se auto-derrubar.
Talvez porque não quisesse.
Ela queria o fogo de noites passadas.
Quando sua casa não estava escura.
E nem a solidão estocando suas entranhas como hoje.
Ela queria calor.
O calor que só ele poderia dar.
O fogo que só ele poderia trazer.
E que naquela hora seria apenas um sonho distante.
Pensar nele, fez com que ela sentisse o bico de seus seios se acenderem.
Fechou os olhos e sentiu aquele conhecido calor no meio de suas pernas.
Se deitou.
Descobriu o que precisava.
Sozinha, dessa vez na sua cama.
A casa em silêncio.
Quase nenhum barulho.
Apenas o ruído do vibrador.
Monótono como uma antiga canção de ninar.
.
Ela estava sozinha.
Olhou seus livros na estante. Nada de interessante para reler.
Tirou a poeira de sua pilha de cds. Os mesmos cantores, os mesmos sentimentos.
Nada de novo.
Tentou dormir. Dessa vez sem Valium ou Lexotan.
A natureza faria a sua parte ?
Não.
Ela estava ligada. Não conseguiu se auto-derrubar.
Talvez porque não quisesse.
Ela queria o fogo de noites passadas.
Quando sua casa não estava escura.
E nem a solidão estocando suas entranhas como hoje.
Ela queria calor.
O calor que só ele poderia dar.
O fogo que só ele poderia trazer.
E que naquela hora seria apenas um sonho distante.
Pensar nele, fez com que ela sentisse o bico de seus seios se acenderem.
Fechou os olhos e sentiu aquele conhecido calor no meio de suas pernas.
Se deitou.
Descobriu o que precisava.
Sozinha, dessa vez na sua cama.
A casa em silêncio.
Quase nenhum barulho.
Apenas o ruído do vibrador.
Monótono como uma antiga canção de ninar.
.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Veias
A caneta estava sem tinta, mas suas palavras ainda eram tantas !
Teve que continuar em vermelho, com o que ainda tinha nas veias.
.
Teve que continuar em vermelho, com o que ainda tinha nas veias.
.
domingo, 9 de maio de 2010
Irracional
A expectativa está aqui. Latente.
Parece uma sombra, que não sai do meu lado nem no quarto escuro.
A incerteza do que pode ser.
Eu que estou acostumado a decisões erradas, sinto o peso da expectativa.
Não posso errar a mão.
Nem prá mais, nem prá menos.
Preciso ir ao ponto. Exato. O centro do alvo.
Sinto que não é a hora de errar de novo.
Porém...
Se seguir a razão, enlouqueço agora.
Se seguir o que sinto, com todos os meus sentidos, sei que vou enlouquecer aos poucos.
Seria uma questão de tempo.
Essa minha obsessão, essa minha motivação irresistível para esse ato irracional.
Que é tê-la de novo.
É irracional. Contraria a clareza mental.
Dificulta o discernimento.
Queria poder gritar agora, e que ela ouvisse meu grito.
Queria que ela estivesse na minha cama agora.
E ela viria.
Ela quer vir.
Mas o que eu faço com o meu orgulho exagerado ?
Com essa minha necessidade de que tudo seja do meu jeito ?
É aí que se faz a dúvida.
Só não posso deixar isso crescer, porque a punição seria muito grande.
Seria perdê-la.
Irremediavelmente e para sempre.
E eu me perderia de novo.
Parece uma sombra, que não sai do meu lado nem no quarto escuro.
A incerteza do que pode ser.
Eu que estou acostumado a decisões erradas, sinto o peso da expectativa.
Não posso errar a mão.
Nem prá mais, nem prá menos.
Preciso ir ao ponto. Exato. O centro do alvo.
Sinto que não é a hora de errar de novo.
Porém...
Se seguir a razão, enlouqueço agora.
Se seguir o que sinto, com todos os meus sentidos, sei que vou enlouquecer aos poucos.
Seria uma questão de tempo.
Essa minha obsessão, essa minha motivação irresistível para esse ato irracional.
Que é tê-la de novo.
É irracional. Contraria a clareza mental.
Dificulta o discernimento.
Queria poder gritar agora, e que ela ouvisse meu grito.
Queria que ela estivesse na minha cama agora.
E ela viria.
Ela quer vir.
Mas o que eu faço com o meu orgulho exagerado ?
Com essa minha necessidade de que tudo seja do meu jeito ?
É aí que se faz a dúvida.
Só não posso deixar isso crescer, porque a punição seria muito grande.
Seria perdê-la.
Irremediavelmente e para sempre.
E eu me perderia de novo.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Paredes
Dias e noites se passam e continuo precisando de ar.
Saio para a rua, mas o ar não aparece.
O vento sopra as folhas das árvores, faz redemoinhos de folhas secas.
Mas não é o suficiente. Algo sufoca.
Ignoro o ar gélido.
Tiro a camisa.
Respiro.
Não me basta.
A sensação de sufocamento persiste.
Não é física.
E o ar, talvez seja uma metáfora.
Volto para a casa com a sensação que pode existir um ar melhor a ser respirado.
Talvez seja o ar que circula entre as 4 paredes do meu quarto.
Saio para a rua, mas o ar não aparece.
O vento sopra as folhas das árvores, faz redemoinhos de folhas secas.
Mas não é o suficiente. Algo sufoca.
Ignoro o ar gélido.
Tiro a camisa.
Respiro.
Não me basta.
A sensação de sufocamento persiste.
Não é física.
E o ar, talvez seja uma metáfora.
Volto para a casa com a sensação que pode existir um ar melhor a ser respirado.
Talvez seja o ar que circula entre as 4 paredes do meu quarto.
domingo, 2 de maio de 2010
Tempo
O fim de semana às vezes me parece promissor.
Sim, eu faço planos para o fim de semana.
Planos que talvez me forcem a uma retomada diferente na semana que chega.
Mas que engano.
Os finais de semana nada mais são do que dias com mais tempo.
E esse tempo a mais, a expectativa de tê-lo, me engana.
A nova semana está a algumas horas de chegar e nada muda.
Está tudo aqui, a mesma desordem.
E eu, burramente, já estou fazendo planos para o próximo fim de semana.
Hoje.
Sim, eu faço planos para o fim de semana.
Planos que talvez me forcem a uma retomada diferente na semana que chega.
Mas que engano.
Os finais de semana nada mais são do que dias com mais tempo.
E esse tempo a mais, a expectativa de tê-lo, me engana.
A nova semana está a algumas horas de chegar e nada muda.
Está tudo aqui, a mesma desordem.
E eu, burramente, já estou fazendo planos para o próximo fim de semana.
Hoje.
Assinar:
Postagens (Atom)